As expectativas para o jogo desta manhã não eram, de todo, altas. Sabendo desde logo os Galácticos que iriam jogar sem o único guarda-redes do plantel e sem o pivot Ricardo Postiga, um imprevisto ainda não esclarecido levou a que também Bruno Beckham não comparecesse (mais uma vez...) na quadra do CDUP. Por coincidência, também a equipa dos Tugas Utd se apresentou com apenas 4 elementos para este jogo, razão pela qual as equipas chegaram a acordo para que se jogasse 5x5 - dois guarda-redes, Universitas dos Primaços de Cedofeita e Woody do Direito ao Roussos, alinharam, respectivamente, pelos Tugas e pelos 69 Galácticos.
Passou-se então ao jogo, com os 69 a fazerem uma 1ª parte em que estiveram irreconhecíveis, praticamente sem criar oportunidades e, muito devido à falta de entrosamento com o guarda-redes provisório, a sofrerem golos infantis. Resultado ao intervalo: 0-3.
A moral para a 2ª parte não estava famosa, mas um golo de raiva logo a abrir, conseguido numa jogada de insistência pelo grande jogador que enverga o número 5, deu o abanão de que a equipa estava urgentemente necessitada. A vontade passou a ser muita, mas a falta de discernimento inicial levou a que mais golos fossem sofridos por erros de palmatória. Os 69 já conseguiam marcar mas ainda não evitavam sofrer, e por isso a 5 minutos do final o resultado estava-lhes desfavorável em 4-7. A equipa dos Tugas, quiçá já dando a vitória por construída, começou então a cometer vários erros, aos quais o cansaço não foi certamente factor alheio; sobretudo, deixaram de jogar e de se preocupar em manter a posse de bola, quase pedindo aos 69 para atacarem. E estes assim fizeram, tanto que a 1 minuto do apito final já apenas um golo separava ambas as equipas. Esperançados, os 69 partiram para o pressing final, já com os Tugas apenas preocupados em despachar a bola para bem longe da sua área. Mas em mais uma jogada de ataque um carrinho irregular cometido pela defensiva Tuga, desesperada após uma série de 4 remates à entrada da área, foi justamente sancionado com uma grande penalidade que mais uma vez o número 5 se engarregou de converter. 7-7 a segundos do final, e no reatar, após a bola ao centro, nova avalanche ofensiva dos 69, que buscavam incessantemente a vitória. Da pressão alta resulta um canto, superiormente executado para a entrada da área de onde Bruno Monteiro fuzilou as redes adversárias. Desesperados, os adversários procuraram a desculpa onde ela não existia, protestando furiosamente com o árbitro, dizendo que o jogo já deveria ter terminado e que se ouviu o apito apenas após o canto ser marcado, pelo que o jogo deveria ter terminado antes do golo. Compreendemos a exaltação do adversário, mas queremos deixar bem claro que não existem quaisquer motivos para protesto - de resto, não existem certamente motivos para a tomada de atitude de dois jogadores dos Tugas, que se recusaram a jogar os segundos que restavam, abandonando os seus colegas em campo e recolhendo ao balneário após o golo ser validado. Um comportamento lamentável, que manchou um grande jogo de futsal repleto de emoção, sobretudo na 2ª parte. O 8-7 final premeia o empenho heróico dos Galácticos, que apesar de notoriamente desfalcados conseguiram, num jogo equilibrado, ser técnica e fisicamente superiores ao adversário valoroso que são os Tugas Utd.
A corrida ao título está agora ao rubro: duas equipas contam neste momento apenas vitórias, os 69 Galácticos e os Perfume Há Ferikan. O jogo que irá certamente decidir o vencedor da prova é já para a semana, na jornada dupla de 6ª feira, apesar de não estar posto de parte um acordo entre ambas as equipas com vista a agendar o jogo para outro dia da semana, nomeadamente 5ª à tarde, de modo a evitar uma sobrecarga física desnecessária. Espera-se, de uma maneira ou de outra, um grande desafio de futsal - e as preocupações de jogadores e adeptos viram-se agora para a atempada recuperação de Pedro Quintas, que poderá ser fulcral para este encontro, dado o pendor ofensivo dos Há Ferikanos. Nunca o título esteve tão perto...