Vem por este meio o atleta Francisco Miguel de Sá Fardilha, vulgo Chico, da equipa Direito aos Roussos, participante na SuperDLeague organizada pela AEFDUP exprimir a sua profunda tristeza com alguns acontecimentos relativos ao seu último jogo.
Vendo-se por culpa própria impossibilitada de apresentar 5 atletas, foi pedida autorização à equipa adversária, Atletas de Cristo Futebol SAD, para a inclusão de um guarda-redes de outra equipa, por forma a tornar a partida que estava prestes a iniciar-se, num bom espectáculo, digno da designação do torneio. Algo surpreendentemente, essa autorização foi-nos negada, constituindo um primeiro passo para a desvirtuação da verdade desportiva e para um dos mais pobres espectáculos de futsal alguma vez visto no Centro Desportivo Universitário do Porto. Poderão alguns acusar-nos de não saber aceitar uma derrota. Mas sabemos. Tanto que já conhecemos esse amargo sabor quando defrontamos os “Cavaleiros da Justiça”. O que me entristeceu profundamente foi a falta de espírito de camaradagem e solidariedade entre colegas de faculdade, que tornaram o que devia ser, no nosso entender, um jogo entre amigos, num massacre imerecido pela nossa parte. Massacre não pelo avultado resultado. Isso para mim foi o menos importante. Massacre tendo em conta que todas as minhas ilusões sobre o torneio em que participamos caíram por terra em 40 minutos. Os elementos do nosso adversário são já finalistas do curso. Mas nem assim percebem que aquele torneio é para fomentar os laços de amizade entre os alunos da faculdade, e para incentivar a prática desportiva. Surpreendeu-me a agressividade e o carácter obsessivo que imprimiram naquele jogo. Revoltou-me, já na segunda metade, ver um dos adversários sentado no chão enquanto a partida decorria, em nítido sinal de desrespeito por aqueles que embora em inferioridade numérica, nunca puseram de lado a sua dignidade nem tomaram atitudes menos honrosas. Confesso que perante tal situação senti uma enorme vontade de virar costas e abandonar a quadra. Todavia, foi-me pedido pelo capitão de equipa para que continuasse até ao fim. Tamanha falta de fair-play nem nos campeonatos federados se vê.
Assim, perante tão escrupulosa vontade por parte dos adversários em cumprir os regulamentos da prova, vimo-nos na obrigação de apresentar um protesto do jogo, por utilização irregular do número 71 adversário, expulso por agressão na partida anterior. Esperamos assim que o encontro seja repetido, com vista a que sejam respostas a justiça e a verdade desportiva.
Sem mais, e desiludido com a situação em que me vi envolvido, agradeço à equipa 69 galácticos e ao Sr. Pedro Quintas, que se disponibilizou a publicar este comunicado.