O que achou da atitude dos adeptos?
JC-Estavam visivelmente entusiasmados com a performance da equipa, e prestaram um contributo precioso à moral do colectivo.
Como foi a preparação da equipa para este jogo, tanto a nível mental como físico?
JC-Faz bem em colocar essa questão, pois um dos factores que mais valoriza esta vitória é precisamente o facto de a condição física dos jogadores ter estado, por motivos de força maior, abaixo dos níveis desejáveis... mas esse aspecto será sem dúvida corrigido nos proximos jogos, tornando a equipa ainda mais sólida e lutadora.
E em termos psicológicos?
JC-Bom, esse sempre foi um ponto forte da equipa, singularizado pelos estreitos laços de camaradagem existentes entre todos nós... mas o que se evidencia é sempre o espírito vencedor de todos. Não houve, portanto, grande trabalho a fazer a esse nível... a mentalidade é um acto contínuo, não se desenvolve para um jogo em particular.
Qual foi a razão para o campeonato menos conseguido na época passada?
JC-Penso que, como apontou num post anterior, terá sido a relativa inexperiência da equipa, aliada ao desconhecimento total das características dos companheiros que, apesar de terem sido progressivamente ultrapassadas, nunca possibilitaram o pleno funcionamento da equipa, aprumado pelo nível individual de cada jogador. Mas devemos encarar esse resultado menos bom apenas como um passo na aprendizagem na aprendizagem colectiva, que nos ajuda a estarmos este ano com uma grande sede de vitória, além de inegavelmente mais fortes.
Quais são os objectivos para esta época?
JC-O título, antes de mais. É claramente o objectivo principal da equipa, devido ao que referi há pouco. E não será de desprezar qualquer outra distinção, como seja melhor defesa, melhor ataque, melhor marcador... não somos esquisitos.
Quais são as equipas que mais teme?
JC-Existem várias equipas que podemos considerar de maior dificuldade, como os tugas utd, os durissimos, os perfume há ferikan... mas importa dizer que à partida também os cavaleiros da justiça seriam um adversário valoroso, e acabou por se provar em campo o contrário, com uma goleada clara... portanto, tudo é possível - poderemos mesmo ser surpreendidos por uma equipa aparentemente acessível, mas o que prometemos aos fãs é que jogaremos sempre para ganhar e para lhes proporcionar um bom espectáculo.
Qual a sensação do duplo hat-trick e a liderança da tabela de melhores marcadores?
JC-É óptimo, claro, mas trata-se apenas de um reflexo do bom momento que a equipa atravessa, e que esperamos que se prolongue indefinidamente... são excelentes dados para aumentar a moral e a confiança não só minhas como de todos, porque antes de meus os golos são da equipa.
Ouvimos muito falar de como o papel do vosso capitão é importante no seio da equipa.
JC-O Ricardo Cavaleiro é sem dúvida uma grande mais-valia no plantel, antes de mais como jogador propriamente dito, dado que é aquele com características defensivas mais vincadas e apuradas, mas também como capitão desempenha um papel essencial. É um jogador de garra, lutador, que impõe respeito e inspira união na equipa - é o que se pede a um capitão.
O que lhe apraz dizer sobre a selecção da FDUP?
JC-Penso sinceramente que se revela uma desilusão. Não porque lhe falte qualidade, de todo, mas devido a factores a que os jogadores são alheios... e precisamente por isso não me queria alongar sobre o assunto.
O que tem a dizer sobre a organização da SuperDleague?
JC-Pois, curiosamente é bastante melhor que a da selecção, o que custa a compreender! Tem sido praticamente irrepreensível até ao momento, o que é notável tendo em conta as dificuldades que adviriam facilmente da conciliação de horários de jogo, e de aspectos logísticos como o funcionamento das bilheteiras e o transporte de jogadores e adeptos. Apenas um senão: parece-me que deveria ter havido mais jogos no primeiro semestre, sob pena de sobrecarga física para os artistas no final da época, repetindo-se o erro do ano transacto...